Especialistas debatem relação entre saúde e desenvolvimento territorial

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Painel moderado por Eduarda Cesse

O Workshop Internacional sobre Determinantes Sociais do Bem-Estar Intersetorialidade e Equidade Social na América Latina reuniu pesquisadores, docentes e também representantes da cultura civil para uma discussão sobre Estado, sociedade e saúde no crescimento territorial.

O painel, moderado pela coordenadora dos níveis de mestrado de especialistas da Capes, Eduarda Cesse, do CPqAM/Fiocruz, também contou com a participação do diretor da ENSP, Hermano Castro, pesquisador da Fiocruz Bahia Maurício Barreto, professor da Universidade de Contestado Valdir Dallabrida, pesquisadores do Ifakara Wellness Institute, da Tanzânia, Eveline Geubbels e Masuma Mandami, e também o representante do Observatório de Territórios Saudáveis, Equilibrados e Sustentáveis ​​da Bocaina, Vagner do Nascimento.

O encontro analisou problemas como a omissão de componentes sociais de saúde e bem-estar nas políticas de bem-estar, o princípio do território, intrusões e danos no contexto territorial, além de apresentar experiências bem-sucedidas no campo do bem-estar mundial.

Para discutir o pagamento da localização política ao método territorial das leis públicas, o professor da Universidade do Contestado–Santa Catarina, Valdir Dallabrida, admitiu que a ideia de área tem várias noções e percepções.

“O território não é senão uma sala relacional que se constrói no tempo. o processo de comunicação entre essa comunidade e o meio ambiente. Região pode ser conhecida a partir da imbricação de várias conexões de poder: desde uma das potências mais mundanas das relações econômico-políticas, até a potência mais simbólica, de caráter ainda mais estritamente social Portanto, regiões não são desenvolvidas – por decretos -, regiões historicamente criadas por equipes sociais são reconhecidas, em processos relacionais”, discutiu a professora.

  • Dallabrida questionou que se a área é uma área de experiência em que se compartilham múltiplas relações de poder, exatamente como podemos pensar na preparação e monitoramento da área?
  • Segundo ele, o planejamento dessas 2 preocupações precisa ser reconhecido como um procedimento de consulta social e de tomada de decisão, que envolve representantes sociais, financeiros e também governamentais de uma determinada localidade territorial, visando definir seu futuro.

“Isso se chama governança territorial. É um processo contraditório, pois o grande desafio é mediar vários interesses e olhares”, afirmou.

” A administração territorial tem inúmeras funções: orientar e também divulgar o desenvolvimento das fontes territoriais, desenvolver voluntariamente relações horizontais de trabalho em equipe e também colaboração territorialmente, para citar algumas. o avanço duradouro e também equilibrado da área.

Pensar, rever e decidir as leis públicas, do ponto de vista da governança territorial, exigem salas de exame público-privado, um baile público democrático sem ameaça, como procedimentos deste espécie destinam-se ao exercício da cidadania”, defendeu.

  • O cientista do Campo de Provas Gonçalo Muniz (Fiocruz Bahia) Maurício Barreto avaliou a omissão de componentes sociais do bem-estar nas políticas de bem-estar.
  • Iniciando sua representação, ele mencionou a redução de 20% na mortalidade infantil no Brasil como resultado da expansão da cobertura de assistência médica, acessibilidade à vacinação e crescimento das taxas de aleitamento materno.
  • A pesquisadora explicou que alguns países incluem a saúde em sua Constituição e o Brasil entra nesse caminho.

A Lei 8.080, em seu breve artigo 3º, especifica que a saúde tem como elementos determinantes e condicionantes, para citar alguns, alimentação, imóveis, saneamento básico, ambiente, emprego, renda, educação e aprendizado, transporte, lazer. e acesso a itens essenciais e também serviços. “Os diplomas em saúde expressam a empresa social e econômica do país”, aconselhou.

Maurício Barreto ofereceu alguns fatores para a possível ausência de significância dos DSS nos planos de saúde e bem-estar, que incluem o peso das explicações biomédicas na localização e a despolitização dos fatores, entre outros elementos. De acordo com o professor, nos últimos anos houve um foco sólido em abordagens biomédicas para enfrentar os obstáculos internacionais de saúde.

O desenho biomédico é orientado para a pessoa na doença e também para a saúde e bem-estar. O método é principalmente curativo para fixar o corpo e dificilmente consiste em redes de segurança, como programas de tiro de reforço em massa.

Os estudos de pesquisa SHD, independentemente de sua relevância, têm sido definidos por uma coleção de premissas empíricas que reconhecem os cenários socioeconômicos como as causas ou causas finais dos resultados finais do bem-estar, bem como das desigualdades em saúde e bem-estar. Além disso, há um conjunto de normas normativas pressupostos de que as desigualdades sociais em saúde são injustificadas e, portanto, precisam ser corrigidas por uma questão de justiça social”, finalizou.

Os custos do desenvolvimento.

O supervisor do Colégio Nacional de Saúde Pública, Hermano Castro, tratou dos danos no contexto territorial, causados ​​principalmente por grandes empreendimentos. Segundo ele, o crescimento da população humana, a globalização e a livre profissão intercontinental são algumas das sensações que reforçam os dispositivos para a introdução de versões em desenvolvimento com grandes ameaças de vizinhança, locais e globais. Hermano mencionou, por exemplo, a evolução da dengue nas Américas. Enquanto no século 20 apenas cinco nações tinham situações da condição, atualmente, no século 21, cerca de trinta países têm esse problema. chão.

Hermano duvidava do tipo de crescimento que desejamos. “O desenho agrícola que temos hoje é o da agricultura. No oligopólio da soja temos 5 empresas que controlam o mercado mundial. O primeiro custo de fabricação da soja, por exemplo, era de 13 dólares por saca. Com a fabricação aumentando ano a ano, a taxa deve diminuir, mas atualmente custa US$ 33.

Mesmo assim, o projeto de fabricação agrícola baseado no agronegócio continua, baseado no uso de agrotóxicos, com sua influência extremamente prejudicial à saúde e ao meio ambiente, causando contaminação do ar, da água e também A cada ano, o Brasil gera cerca de 100 mil intoxicações agudas e persistentes e também 400 mortes por agrotóxicos. A agroecologia precisa ser motivada para mudar o modo de cultivo atual”, explicou.

Hermanos também apontou os efeitos das mudanças climáticas nas condições transmitidas por vetores. Dengue, febre da selva, febre amarela, cerarcose, esquistossomose e filariose linfática são alguns dos exemplos de doenças que provavelmentesofrerão modificações em sua circulação geográfica em decorrência do ajuste do ambiente.

O supervisor da ENSP encerrou sua discussão falando sobre os preços socioambientais para o desenvolvimento trazidos por grandes empreendimentos, as leis de proibição do amianto em vários estados brasileiros com o fechamento de negócios, e também o caso mais atual de atividade criminosa ambiental no cidade de Mariana. “A lama que realmente vazou das barragens pode desencadear problemas ósseos e digestivos e também intensificar problemas cardíacos”, disse ele.

Preservar é resistir!

Iniciando sua fala, o representante do Observatório dos Territórios Saudáveis ​​e também Sustentáveis ​​de Bocaina Wagner do Nascimento, ofereceu ao público em geral o documentário Preservar é Resistir. Wagner mencionou o Fórum de Bairros Convencionais e a localização dos bairros, além de ressaltar que os locais que de fato salvaram floresta no Brasil são aqueles que possuem Áreas Tradicionais.

  1. Segundo ele, a suposição imobiliária é apenas uma das variáveis ​​que mais aumenta o estresse nessas comunidades.
  2. O agente também falou sobre algumas atividades que são criadas na área por meio de Planos Locais Efetivos, com recursos do BNDES e também da Fiocruz. Entre eles estão Turismo de Base Ambiental e Agroecologia.

Fechando a conversa sobre Estado, sociedade e bem-estar em avanço, os pesquisadores do Ifakara Health And Wellness Institute, da Tanzânia, Eveline Geubbel e Masuma Mandami apresentaram o contexto do país, localizado na África Oriental. Cem pessoas vivem lá, três quartos delas em áreas rurais.

Segundo os cientistas, o país é excepcionalmente marcado pelas desigualdades sociais, mas na verdade vem passando por uma agenda de equidade. Com a execução de um Plano Estratégico de Seguro Saúde, foi a primeira vez que os DSS foram contemplados no país. Eveline e também Masuma também falaram sobre o estudo realizado em Ifakara.

Um dos trabalhos escolheu 23 distritos para investigar a situação local de saúde e bem-estar. “Um estudo que realizamos identificou que em uma determinada região, crianças e também adultos morriam frequentemente de malária.

Fizemos uma grande análise e também tentamos mudar essa situação.

A consequência foi uma queda substancial na mortalidade infantil no país, pois milhares faleceu de febre da selva na Tanzânia”, destacaram os pesquisadores. Sobre o sistema de saúde do país, ambos mencionaram que funciona de forma totalmente diferente do sistema de bem-estar brasileiro, financiado por obrigações fiscais, recursos próprios e seguro saúde. Por fim, Eveline e Masuma falaram sobre o desenvolvimento da equidade na Tanzânia e também mencionaram diretrizes para o futuro, tendo em mente que “o estudo desgasta se não afetar a política”.

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